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NÃO AO PL 260/2020, NÃO AO VENENO

O momento vivido pela humanidade adensa-se em fatos dramáticos, com consequências da ação humana, que há muito cobra preços em vidas por todo o Planeta. Mesmo assim, o Governo Federal e o Governo do Rio Grande do Sul implementam políticas de barbárie e, mediante tapeações, beneficiam interesses particulares, quando não criminosos, em detrimento da população brasileira.

Ações como o desmatamento e queima da Amazônia, a destruição do Pantanal, agressões ambientais diversas e desrespeito à população encontram eco no RS. O governador, associado à parcela do poder Legislativo, destroça o Código Ambiental que servia de exemplo e era pioneiro na proteção do meio ambiente e das pessoas. Por iniciativa dos citados, hoje árvores nativas e símbolos pampeanos, como figueiras, cinamomos e corticeiras, podem ser abatidas e queimadas em carvão; as dunas que protegem cidades litorâneas estão expostas ao poder imobiliário para aterro; bancos de germoplasma com história genética dos gaúchos estão abandonados; órgãos ambientais são sucateados (Fepam) ou são desmantelados (Fundação Zoobotânica)!

Destruir a história, impedir a pesquisa e desguarnecer a população são atitudes típicas de regimes autoritários, anti-democráticos e desumanos!

Nesta barbárie de inconsequências, o Projeto de Lei 260 (PL-260) assinado pelo governador e tramitando ardilosamente em regime de urgência na Assembleia Legislativa, visa permitir que venenos agrícolas, proibidos nos países onde são fabricados, sejam jogados nos gaúchos, indo compor nosso alimento diário.

Salienta-se que tal proibição deve-se aos perigos que representam para a população e ao meio ambiente!

O PL-260 é criminoso, uma delinquência irresponsável e inominável, se pensarmos principalmente nas crianças que estarão expostas a tamanho perigo!

Agrotóxicos são venenos e, há muito comprovado cientificamente, ocasionam doenças inúmeras, como mal formações fetais, autismos, abortos, retardos de desenvolvimento e imunodeficiências. Sobre essa última, recente estudo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) publicou resultado de pesquisa, informando que o número de mortes verificado na pandemia no Brasil têm influência direta dos agrotóxicos, já que esses deprimem o sistema imunológico e facilitam a ação do vírus.

Os agrotóxicos contribuíram nas mais de 500 mil mortes, sendo que até alimentos ultraprocessados, muitos preferidos pelas crianças, já apresentam taxas condenáveis desses venenos.

O RS e os gaúchos receberam, somente em 2018 e 2019, uma carga de 148.396,706 mil toneladas de agrotóxicos! Também estes venenos têm tratamento diferenciado, como isenção de pagamento de ICMS, que já no ano de 2016 alcançou o valor de R$ 182 milhões, enquanto que o auxílio de agora do Governo do RS aos necessitados da pandemia foi tão somente de R$ 100 milhões.

O PL-260, conforme escrito nas suas “Justificativas”, prevê forte ataque à agricultura familiar, com consequente desaparecimento de alimentos orgânicos, ao citar que (ipsis litteris): “inviável essa organização em grupos menores e, até mesmo, a manutenção desses arranjos produtivos locais”. Ou seja, os “grupos menores” refere-se à agricultura familiar!

O PL-260 é colonialista!

A justificativa de que mais venenos barateim os alimentos é enganosa, já que somente 2% dos agrotóxicos consumidos no Brasil são (desnecessariamente) empregados por pequenos agricultores.

De forma inequivoca, o governador, assim como os que votarem favoráveis ao PL-260, favorecerão a química do veneno, atenderão vontades particulares, serão “deputados” a serviço dos bilionários interesses de indústrias que sequer são brasileiras, e vão lucrar com as doenças, sofrimentos e problemas ambientais dos gaúchos.

Estímulo à mineração, barramentos energéticos, liberação de agrotóxicos e ataques à democracia são as marcas de um governo que vem degradando e transformando o RS em um Estado puramente negocial e desumano.

Este não é o R$ que todos desejam, por ser uma agressão e um desrespeito à toda a população!

Infelizmente parece que o governador se sujeita a inconfessáveis compromissos (eleitorais?), sendo tão intensos que nega a realidade dos fatos, nega a ciência (agrotóxicos são venenos), nega proteger a população, nega o bom senso, nega o óbvio!

Então, pelo bem dos gaúchos, pela saúde de todos, mas principalmente das crianças, pela lógica científica e pela racionalidade humana m, é fundamental que os deputados tenham um mínimo de civilidade e humanidade e reprovem PL-260!

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